segunda-feira, 11 de março de 2013

# 103

Chegou ao fim a Odisseia. Vi grande parte da série clandestino no local de trabalho, e perdi a noção de que teria sido o último episódio. Tudo acaba então com os regressos de Gonçalo para a mulher que o abraça com pernas e braços depois dele lhe entregar umas flores apanhadas provavelmente no jardim mais à mão, e o de Bruno a uma casa vazia cujo silêncio é interrompido com um telefonema para a mãe que o receberá para jantar. Não seria Odisseia de verdade se não houvesse uma Penélope a aguardar a chegada dos heróis. Numa Odisseia moderna é por vezes à mãe que cabe o papel, sinal realista de uma narrativa que se entregou a muitos delírios. O final da Odisseia marca portanto um regresso à realidade. Os rapazes portaram-se bem: foram sempre bons rapazes. Haverá aqui alguma coisa a tirar para toda a gente. O espírito de aventura deixa saudades.

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