segunda-feira, 20 de maio de 2013

# 216

























Grande disco de rock feito no ano dois mil por gente madura. Continua a valer a pena percorrer o histórico dos estúdios Sound City. Sem grande método, ao sabor dos discos que procuramos e dos que vêm ao nosso encontro (o caso deste). Não é tanto a herança dos Pixies que se sente aqui (sentir-se-ia sempre, estamos condicionados pelo fenómeno, e por uma vez a classificação aplica-se com total justiça), como a dos Rolling Stones de Exile on Main St. ... A voz de Frank Black a fazer tangentes ao estilo de Jagger, nos temas gingados, e ao de Neil Young, quando a música se espraia na distância dos horizontes americanos. Isto são impressões, mesmo vícios interpretativos, que o disco tem natureza e méritos próprios. Cada canção é sacada com aquele espírito de quem não tem nada a provar. O que o rock significou na origem, liberdade e individualidade, e um grande estou-me nas tintas para modas impostas, significa mais hoje ainda.

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