segunda-feira, 21 de dezembro de 2015
quinta-feira, 17 de dezembro de 2015
sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
quinta-feira, 3 de dezembro de 2015
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
terça-feira, 10 de novembro de 2015
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
sexta-feira, 2 de outubro de 2015
quarta-feira, 23 de setembro de 2015
# 671
All doubts vanished when Patrick Stewart announced his wedding plans with the singer and songwriter Sunny Ozell. The ceremony took place last September on the shores of Lake Tahoe (USA). At this stage of the game, it’s pretty easy to guess who the Master of Ceremony was…
quarta-feira, 9 de setembro de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
quinta-feira, 27 de agosto de 2015
sexta-feira, 14 de agosto de 2015
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
# 664
A páginas tantas «I am photographed for Creem magazine with my head resting on Jake's exposed belly.
'Do you know what you're doing?' asks new manager Arnold Stiefel.
'No?' I say in a small voice.
'Well, that's a very intimate shot.'
'Oh?' I say, baffled.
'A man doesn't rest his head on another man's stomach,' Arnold goes on.
'No?' I answer, all adrift on the cruel sea.»
terça-feira, 11 de agosto de 2015
segunda-feira, 13 de julho de 2015
sexta-feira, 26 de junho de 2015
segunda-feira, 22 de junho de 2015
# 660
Para a M.M.
«I look out of the bedroom window and can see the university buildings just across a windswept car park. Only a five-minute walk away is the union bar. 'I'll head over there,' I think, 'and see if I can spot anyone I know.' A couple of other girls from school have come up to Hull, so in the bar I scan the room for familiar faces, but can see no one. I start queuing for a drink when an announcement comes ringing out over the tannoy system: ‘If Tracey of the Marine Girls is in the building, will she please come to reception.’ Now I’d be lying if I implied that this was a complete shock – I had already been told earlier in the summer by Mike Akway that a label-mate of mine on Cherry Red, a solo artist called Ben Watt, was going to Hull at the same time, though I barely took it in at all. Mike had pointed out Ben’s photo on the wall at the Cherry Red offices, but again I took no notice, and he also gave me a copy of Ben’s first single ‘Cant’, and I still took no notice. Hearing this message broadcast, I realise it is probably Ben trying to track me down, and he suddenly seems like a possible kindred spirit in this hellish place full of prats in rugby shirts and girls who hide their Tampax behind flowery curtains. I make my way up the stairs to reception and there he is, leaning against a pillar.»
quinta-feira, 18 de junho de 2015
segunda-feira, 15 de junho de 2015
quinta-feira, 11 de junho de 2015
quinta-feira, 4 de junho de 2015
quarta-feira, 27 de maio de 2015
segunda-feira, 25 de maio de 2015
terça-feira, 19 de maio de 2015
# 653
David quietly tells me, ‘You know, I’ve had so much sex and drugs that I can’t believe I’m still alive,’ and I loudly tell him, ‘You know, I’ve had SO LITTLE sex and drugs that I can’t believe I’m still alive.
Não que seja elemento central na autobiografia mas penso que das tensões mais interessantes na vida de Morrissey é a que põe em confronto a lascívia e a santidade. Quem não sabe que o medo ou a insegurança a que leva o desejo, numa cabeça inexperiente, pode fazê-la refugiar-se no manto protector da castidade?
Em todos os sentidos que quisermos, I entered nothing and nothing entered me.
Ringleader of the Tormentors, INDEED.
segunda-feira, 18 de maio de 2015
quarta-feira, 13 de maio de 2015
terça-feira, 12 de maio de 2015
quarta-feira, 6 de maio de 2015
segunda-feira, 4 de maio de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
terça-feira, 7 de abril de 2015
quinta-feira, 2 de abril de 2015
terça-feira, 31 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
segunda-feira, 16 de março de 2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
domingo, 8 de fevereiro de 2015
segunda-feira, 19 de janeiro de 2015
segunda-feira, 12 de janeiro de 2015
quinta-feira, 8 de janeiro de 2015
# 634
«Os empregados dos restaurantes das praias de Goa habituaram-se a não enxotar os cães vadios que rondam entre as mesas á procura de comida e mimos. Não têm outro remédio: os turistas zangam-se quando vêem maltratar animais. Esta convivência é frágil, bem entendido. Acaba quando acaba a estação. Muitas vezes acaba quando acaba o dia. Mas enquanto dura, cães e pessoas vivem razoavelmente bem uns com os outros.
Assim estava a Marineta. Demos-lhe este nome um bocado ridículo eu e a Patrícia, minha mulher, porque a cadela é um bicho ponta acima, ponta abaixo, cheia de ossos fora de sítio, doce e simpática, como se não soubesse que é vadia. Além disso estava tão grávida que parecia a carreira regular do Margão.
No dia 24 de Dezembro, já o sol se ía pôr no mar, a Marineta começou a andar por entre as mesas do restaurante onde estávamos de maneira desatinada e urgente. Percebemos que procurava sítio onde parir. É cadela sem experiência e tino, não tinha preparado nada convenientemente. Acabou por se refugiar nuns arbustos onde pensou que estava ao abrigo do sol, da noite e dos corvos. Daí a bocado ouvimo-la ganir. Fomos ver e tinha nascido um cachorro.
E foi então que aconteceu outra vez o suave milagre a que já assisti frequentemente, sempre incrédulo como se estivesse na ombreira de outro mundo: a cadela escolheu a Patrícia. Veio chamá-la à mesa com latidos breves e acertados. Levou-a ao seu refúgio precário. E a Patrícia pegou no cachorro. Fomos os três, eu, ela, a Marineta, para um sítio melhor, mais abrigado, desta vez escolhido por nós. E aí, de cada vez que sentia virem as contracções, a Marineta saia do canto onde estava, vinha chamar a Patrícia e esta assistia ao parto, massajando-lhe o ventre. Nasceram assim cinco cachorros na noite de Natal que começava.
E terminou para nós mais uma vez a aparente simplicidade do amor.
Como acontece a tantas e tantas pessoas que sabem o que significam os animais, percebemos logo que a Marineta e nós tínhamos arranjado uma situação muito difícil. Não podemos levar a cadela e os cachorros para a casa onde vivemos agora. Não é esse género de casa. Por outro lado deixar a cadela e os cinco cachorros no restaurante seria condená-los a uma morte certa.
A minha senhora dos bichos, de alma devastada, decidiu o que era preciso fazer e pediu-me que a ajudasse. Fui despejar no lixo um balde grande de plástico enquanto o jantar da consoada começava ali ao lado, á luz de uma fogueira feliz. Nesse balde, a Patrícia afogou quatro dos cinco cachorros, quatro dos cinco inocentes, para que um possa sobreviver. Foi esse o acordo prévio a que chegámos com os empregados do restaurante.
A Marineta e o seu cachorro primogénito amanheceram no dia de natal de 2008. Vimo-la andar no meio das mesas parecendo procurar os filhos que perdeu, pensa ela que nos arbustos e na noite.
Chamámos Menino ao cachorro que sobreviveu, mas havemos de pensar num nome talvez mais apropriado quando a tristeza e o peso da noite se nos forem do coração.»
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