terça-feira, 4 de março de 2014

# 506



Quando alguém no início do filme saca e põe a tocar o vinil do Slowhand de Eric Clapton, vi ali sinal de que August: Osage County podia ser um filme diferente, ou pelo menos um pouco melhor que a fraca generalidade do cinema em exibição. Mas a mão de Tracy Letts (argumentista) é bruta e a de John Wells (realizador) é branda, e o filme logo se encaminha para um registo de paródia involuntária da dramaturgia sulista. Tem uma grandiosa Meryl Streep e um conjunto de actores de qualidade investidos de caricaturas sem carisma cujo único propósito parece ser o de fazer brilhar a megera matriarca no seu cáustico cinismo.

Arquivo do blogue